8 de nov. de 2012

XII Gamacom - Jorge Antonio Barros: jornalista tem de se especializar


Por Thamiris Carvalho — Depois de 31 anos de jornalismo ele ainda vai para a rua. Pode-se começar assim a escrever sobre o jornalista do “O Globo” Jorge Antonio Barros (foto), um dos palestrantes do XII Gamacom. Ele conta que em 1981 foi ao extinto “Jornal do Brasil” pedir estágio e levou na “manga” as cartas que escrevia regularmente para o jornal. A tática não só deu certo como um ano depois foi contratado. 
— Eu tinha duas paixões: o jornalismo e a máquina de escrever — diz. 
O mundo deu voltas e alguns anos depois, já no “O Globo”, teve de trocar — a contragosto, claro — a máquina de escrever pelo computador. Ironicamente, hoje é editor de mídias sociais da coluna do Ancelmo Gois na internet.
Mas assumiu a nova função com base. Em 2005 criou um blog — que ainda mantém — que virou referência, chamado “Repórter de crime”. 
— Fiquei mais conhecido por causa do blog do que como apenas repórter do jornal — revela. 
E aconselha:
— Quem quer ser jornalista deve especializar-se em um assunto. E se dedicar muito.
Para ele, o jornalismo colaborativo veio para ficar, pois se tornou um canal importante entre o leitor e os meios de comunicação.Sobre as diferenças entre o jornalismo impresso e o digital, Barros diz que a principal são as formas como a informação é passada. E prefere não fazer previsões quanto ao futuro do jornal impresso.
— A gente só pode ter certeza do passado, o futuro é sempre um ponto de interrogação — conclui.
Foto Angelica Mello

XII Gamacom - A realidade pela ótica de Rogério Reis

Por Desirée Aguiar — O primeiro dia do Gamacom foi dedicado ao jornalismo. E um dos convidados foi o fotógrafo Rogério Reis (foto ao lado), da agência fotográfica Tyba. Ele projetou imagens de trabalhos como “Na lona”, em que mostra foliões no carnaval carioca de uma forma original nas ruas do Rio; “Voo de papel”, cujas fotos foram resultado de um convite cuja proposta foi retratar Paris; e “Avenida Brasil 500”, sobre as ruínas do extinto prédio do “Jornal do Brasil”. 
— Em Na lona procurei retratar a liberdade, a diversidade e a particularidade dos foliões nas ruas da cidade — explica Rogério.
Para o trabalho, ele usou uma câmera analógica e fez as fotos em preto e branco.
— É um trabalho de 15 anos — conta.
Em “Vôo de papel”, de 2009, Rogério foi chamado para retratar Paris e teve a ideia de montar um protótipo do 14 bis, de 40 cm, sustentado por fios de nylon, e enquadrá-lo nas fotos.
— Em muitas fotos os fios aparecem propositalmente — diz.
Rogério conta que “Avenida Brasil 500”, de 2008, é um trabalho mais sentimental, pois durante muitos anos trabalhou como fotógrafo do extinto “Jornal do Brasil”. 
— Aquele prédio foi durante muitos anos minha segunda casa — relembra. 
Hoje, o prédio abriga o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). 
Fotos Angelica Mello

7 de nov. de 2012

XII Gamacom aborda novas linguagens no jornalismo e estéticas de divulgação


Por Monique Lins — Os cursos de Jornalismo e de Publicidade da UGF realizaram nos dias 23, 24 e 25 de outubro, no Cine Teatro Dina Sfat, o XII Gamacom, com palestras, vídeos e debates sobre diversos assuntos. No primeiro dia, por exemplo, o tema foi “Novas Linguagens no Jornalismo Cotidiano”, explorado pela professora de geografia da UGF Renata Oliveira, que abriu o evento; o repórter do jornal O Globo Jorge Antonio de Barros; o fotógrafo Rogério Reis, dono da agência Tyba; e a jornalista Cristina Dissat, diretora da DC Press.
No dia seguinte o tema foi “Novas Estéticas de  Divulgação no Espaço Urbano”, em que falaram o professor de marketing da UGF Norivaldo Carneiro; E
liane Steyka, coordenadora de eventos da Livraria Cultura; e o publicitário Marcelo Gorodicht, dono da X-tudo Comunicação. No último dia foi exibido o filme “Reidy, a construção da utopia”, da atriz e diretora Ana Maria Magalhães, sobre a história do arquiteto brasileiro que projetou o Museu de Arte Moderna, entre outras construções importantes do Rio.  — As palestras nos deram a chance de refletir sobre a cidade e ter uma visão mais ampla e aberta sobre a comunicação social nos momentos atuais — diz o coordenador do curso de Jornalismo Ricardo de Hollanda.
Foto Angelica Mello