5 de dez. de 2013

Amor incondicional

Por Pâmela Rodrigues — Quando entrou na página do Clube Adote Aqui, no Orkut, há mais de 8 anos, a dona de casa Rosana Rodrigues (foto) chorou. E muito. Era tanta história triste que nem sabia distinguir o que sentia. Daí para o primeiro resgate foi um pulo.
— Meu primeiro resgate de rua foi a cadela Pretinha, que, depois de muita luta, ficou curada de um câncer — conta.
Ela lembra ainda, com lágrimas nos olhos, como foi encontrá-la — uma dorbeman — em pele e osso, tamanho o descaso e a desumanidade dos antigos donos. Uma realidade muito difícil para quem ama os animais como Rosana, que lamenta não ter condições financeiras para resgatar todos eles.
— O custo de um já é alto. Imagine manter dezenas de cães. É praticamente impossível, pois quando chegam da rua precisam de muita assistência.
Rosana ajuda vários abrigos — nos quais é madrinha de alguns cães — com doações, um gesto de solidariedade que gostaria que mais pessoas fizessem. Ela explica que as casas de adoção de animais não contam com nenhuma ajuda governamental. São mantidas exclusivamente por pessoas como ela.
— Por mim ajudaria todos. Fico arrasada quando não posso ajudar. Meu sonho é ter um canil. O que os cachorros querem, acima de qualquer coisa, é carinho. O cão nos aceita do jeito que somos. Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos meus cachorros. Prefiro conviver com eles do que com muita gente. Eles são muito mais verdadeiros — afirma.
Segundo ela, a saída para reduzir o abandono tem três nomes: compromisso, políticas públicas e castração. Quem quiser adotar um cachorro ou gato é só entrar em contato com o Abrigo João Rosa (abrigo@abrigojoaorosa.org). Lá, há muitos animais para serem adotados. A única exigência é dar muito amor a eles.
Fotos Pâmela Rodrigues (Rosana) e Rosana Rodrigues (Puff, já morto, também resgatado por ela)

27 de nov. de 2013

Começo, meio e fim de uma trajetória virtual

Por Erick Douglas — Diz o ditado que se a vida oferecer um limão, faça uma limonada. E se oferecer mídias sociais, divulgue sua banda e conquiste milhares de fãs. E foi o que fez a hoje extinta Soulstripper, formada por Chico Leibholz (bateria), Luka Funes (guitarra) e Bruno Fontes (vocal e guitarra) (foto acima, a partir da esquerda). Natural de Piracicaba, interior de São Paulo, e formada em 2004, ela começou a se apresentar em 2005. Mas atingiu o auge em 2011 com o lançamento no You Tube do videoclipe “Não trocaria um sorvete de flocos por você”, que teve mais de três milhões de acessos.
 — Como éramos uma banda do interior de São Paulo, a internet era o único canal que poderia nos colocar em condições de igualdade com as bandas das capitais que tinham gravadoras — afirma Bruno.
A Soulstripper tem 135 mil curtidas em sua página do Facebook e mais de 53 mil seguidores no Twitter, além de um fã grupo, no Facebook, criado pela carioca Letícia Rosa (na foto, abraçada a Chico), com mais de 650 membros.
— Quando conheci a banda ela tinha menos de 15 mil curtidas na página. E só conhecia uma pessoa que também gostava. Então resolvi criar um grupo para conhecer mais pessoas que curtiam. No início ela se chamava “Fãs Soulstripper – RJ”. Até que pessoas do Brasil inteiro começaram a participar e percebi que não fazia mais sentido ser um grupo só para cariocas, mas para fãs em geral. Alterei o nome para “Fãs Soulstripper” e o grupo não para de crescer — conta Letícia.
Mas o sucesso crescente nas redes sociais não impediu a banda de anunciar o seu fim em outubro, para tristeza dos fãs. Segundo Bruno, com o término cada um vai poder se dedicar aos seus projetos e trabalhos pessoais. A despedida, porém, foi nos palcos, com dois shows no Rio e um em São Paulo.
— Curiosamente foram os melhores shows dos nossos nove anos. No Rio foi sensacional. Todos nos receberam muito bem. E em São Paulo foi o melhor show das nossas vidas — diz.
Com uma forte influência do blues e do rock dos anos 60, o som da banda é sentido de várias maneiras pelos fãs. Por exemplo, “Uma forma divertida de encarar a vida após ter o coração partido”; “Tudo o que eu não consegui falar todas as vezes que tive o coração partido”; “Aquela banda que te faz pensar no amor de uma maneira mais debochada”; “A ironia em forma de música”; “Os canalhas mais fofos do mundo” etc.
Mas, acima de tudo, para os fãs, os rapazes se tornaram mais amigos do que ídolos. E é a amizade que vai ficar nas recordações de todos eles, em qualquer canto do Brasil.
Fotos Divulgação (banda) e Marina Bertuzzo

25 de nov. de 2013

Corridas entram na agenda de eventos do Rio

Por Vinícius Ribeiro — A corrida de rua parece ter entrado definitivamente na agenda de eventos da cidade do Rio. Com uma média de oito competições por mês, ela atrai competidores com os mais variados perfis e propósitos e de todas as idades. Thiago Ribeiro (foto), 22 anos, por exemplo, começou a participar apenas para se divertir, mas acabou se apaixonando.
— Sempre tive vontade de correr, mas não participava dos eventos por falta de companhia. Incentivado pelos colegas de trabalho, acabei disputando minha primeira corrida e gostei do resultado — conta ele, que estreou com o tempo de 21 minutos em uma prova de cinco quilômetros.
O que era diversão, portanto, acabou virando algo sério. Thiago decidiu se inscrever em todas as provas programadas para acontecer na cidade. Apesar de novato, acredita que pode melhorar seu rendimento com uma preparação adequada antes das corridas, o que não fez na sua estreia.
— Como fui por impulso, não me preparei para a primeira corrida. Apesar de ter conseguido terminar a prova, cansei um pouco. É desgastante, pois exige muito do físico e do emocional — afirma, admitindo que a falta de tempo é a principal barreira a ser superada. — Trabalho e faço faculdade. O tempo acaba ficando curto para fazer uma preparação ideal. Mas durante a semana procuro sempre arranjar uma folga e correr uma distância parecida com a da prova que vou disputar.
Para Thiago, o esporte é mais que uma simples corrida; é uma fonte de saúde. E acessível a todos.
— Basta começar — diz.
Foto Divulgação

13 de nov. de 2013

Formação em rede nacional

Por Cassiane Lima — O que fazer no futuro? Que faculdade escolher? Em que trabalhar? São perguntas que muitos se fazem. E desde 2004 o Projeto Com.Domínio Digital ajuda a respondê-las, capacitando jovens de baixa renda, entre 18 e 24 anos — que estejam cursando ou já tenham concluído o ensino médio —, para a vida acadêmica ou o mercado de trabalho.
— Nosso papel não é simplesmente inseri-los no mercado de trabalho, mas conhecê-los e entendê-los, respeitando suas limitações e dificuldades. Aqui a gente ensina, mas também aprende muito com eles — diz Raquel Veiga (na foto acima, de blusa azul escuro, no alto à direita), coordenadora do núcleo pedagógico do Campinho, no Rio, um dos três na cidade. Os outros ficam no Centro e em Jardim América.
Nascido no Ceará, o projeto, desenvolvido pelo Instituto Aliança e mantido com a ajuda de parceiros públicos e privados, tem hoje uma rede de 35 núcleos espalhados pelo país. Além de capacitação em tecnologia da informação, os alunos aprendem sobre desenvolvimento social e pessoal e rotinas administrativas. Há ainda oficinas de artesanato, dinâmica, autoconhecimento.
— No CDD tive contato com pessoas de diversos meios e empresas. Aprendi a importância de ter uma boa postura profissional e a conviver com pessoas e situações diferentes. Minha meta agora é terminar minha faculdade de Marketing em 2015 e seguir minha carreira — conta o ex-aluno Nathan Regis (foto do meio), 21 anos.
No núcleo do Campinho o período de capacitação dos alunos é de  seis meses. Em todo o país, o projeto já atendeu a mais de 15 mil jovens. Seu corpo de educadores é formado por pedagogos, sociólogos, assistentes sociais, administradores, contadores e profissionais de tecnologia da informação.
— Além de ter sido importante na minha formação profissional, por intermédio das dinâmicas pude me conhecer e desenvolver melhor minhas habilidades. Se pudesse resumir minha experiência no CDD em duas palavras seriam resiliência e família. Resiliência porque lá aprendi a me adaptar às mais diversas situações do mundo do trabalho e da vida; e família porque lá conheci grandes pessoas, educadores e amigos que foram fundamentais no que sou hoje — diz o também ex-aluno Ricardo Luz, 20 anos (foto menor), que está cursando a faculdade de hotelaria.
Fotos Divulgação

11 de nov. de 2013

Tattoo, de prática demoníaca a arte

Por Pâmela Rodrigues — Tatuar o corpo é tão antigo quanto a humanidade. Mas por diversas razões religiosas e culturais, a prática, durante muito tempo, foi malvista. Na Idade Média, por exemplo, a igreja católica a baniu na Europa por considerá-la demoníaca. Mais recentemente, cerca de 50 anos atrás, a tatuagem era associada à criminalidade.
Mas o tempo passou e a tattoo, como é mais conhecida hoje, virou uma febre entre jovens e adultos, independentemente de classe social. Com o modismo, o número de tatuadores profissionais não só aumentou de forma exponencial, como a tatuagem ganhou status de arte.
O tatuador Daniel Kenji (foto abaixo), dono do estúdio Daniel Kenji Tattoo, é um deles. Sua paixão pela tatuagem o levou a ser tatuador profissional. Com quatro anos de experiência, tem na bagagem centenas de tatuagens feitas e participações em diversas convenções. Em 2011, ganhou o prêmio revelação de melhor tatuador na 3ª Expo Tatoo, no Rio.
— Comecei fazendo desenhos e pinturas, mas me identifiquei foi com a tatuagem — diz Dani Kenji, como é conhecido.
Dani não tem um estilo definido. Faz o que o cliente pedir, seja na linha old school, realismo, sombreado, new traditional, entre outras.
Há ainda os que, por o conhecerem bem e confiarem no seu bom gosto artístico, acabam o deixando livre para criar.
— É uma prova de confiança que me honra e realiza profissionalmente. E também de reconhecimento do meu trabalho — conclui.
Fotos Daniel (as duas primeiras, de cima para baixo) e Pâmela Rodrigues

7 de nov. de 2013

Marketing cem por cento digital

Por Karen Ribeiro — A Web Image atua como uma agência de marketing tradicional. Protege, acompanha e divulga a imagem de seus clientes. Mas se especializou em internet.
— A empresa é especializada em marketing online, com foco em gestão de imagem na web. E temos grande experiência no segmento político — conta Guilherme Castañon (foto), diretor da Web Image, que está no mercado há nove anos.
Para a tarefa, a empresa conta com 35 profissionais de diversas áreas, incluindo o pessoal de marketing.
— Desde o início nosso alvo era ter apenas pessoas físicas como clientes. Mas em 2010 decidimos começar a trabalhar também para empresas — afirma Guilherme.
Ele ressalta que a conquista da Unimed em 2010 — embora hoje não seja mais cliente —, por ter sido a primeira, foi emblemática para a WI.
— Em 2009, quando elaboramos o planejamento para 2010, definimos como uma das metas estrear no segmento empresarial. Até então só atuávamos na área política. E conseguimos, graças à mudança da sede e ao reforço da equipe — diz.
O planejamento incluía ainda a adoção de uma cultura interna menos informal e mais profissional. Além de mexer na equipe, houve, entre outras medidas, a normatização de ferramentas, a promoção baseada na meritocracia e a redefinição do perfil de conduta profissional.
— Como a cultura interna da empresa era extremamente familiar e informal, tivemos alguma resistência no início, mas o profissionalismo venceu — conclui.
Foto Karen Ribeiro

5 de nov. de 2013

Futebol para os fortes

Por Rafael Lima — O campo tem grama e duas traves de cada lado. Mas a bola é oval e o jogo parece uma guerra. Trata-se do futebol americano, que tem ganhado muitos adeptos no Brasil nos últimos anos. O jogo consiste, resumidamente, em chegar à endzone adversária (espécie de grande área do nosso futebol) com a posse de bola. A jogada vale seis pontos e dá direito ainda a um chute livre a gol, valendo mais um ponto. O esporte mais popular dos Estados Unidos, porém, está longe de ser um dos preferidos dos brasileiros. Equipamentos caros, elencos numerosos e a falta de uma liga profissional atrapalham sua popularização.
— Vejo o futebol americano mais forte hoje. Ele cresceu muito de uns anos para cá. Ainda há muitas barreiras, mas algumas já foram superadas — diz, otimista, Jonathan Freitas (foto ao lado), jogador do UFF-Niterói Federals (foto acima), primeiro time universitário da modalidade do país.
Ele conta que alguns clubes de futebol do Rio adotaram equipes já existentes. A ex-Mamutes, por exemplo, criada em 1992, veste hoje a camisa do Botafogo FA. Flamengo e Vasco também incorporaram times existentes e levam a tradicional rivalidade para a bola oval.
Jonathan explica que para jogar em um time de futebol americano não é necessário ter experiência, basta apenas querer aprender a jogar.
— Alguns me chamam de louco, sem noção; dizem que é um esporte violento e que por ser magro não deveria jogar. Mas os que conhecem o jogo acham legal e apoiam — diz.
O tamanho dos elencos impressiona. O do Botafogo FA, por exemplo, é formado por cem atletas e três treinadores. Embora cada equipe de futebol americano só possa ter onze jogadores em campo, as substituições, por causa do grande número de lesões, são ilimitadas.
Fotos Divulgação

4 de nov. de 2013

Projeto forma campeões de muay thai

Por João Igor Xavier — Exército de campeões. É assim que a equipe Milithai, atual campeã carioca de muay thai e uma das mais bem posicionadas no ranking nacional da modalidade, se autodefine. Formada por jovens das favelas do Jacarezinho e de Manguinhos, ela é fruto de um projeto social iniciado há 22 anos pelo ex-agente penitenciário e mestre de muay thai Carlos Eduardo Santos, ou China (foto), com o objetivo de ser uma alternativa ao crime para as crianças das duas comunidades.
— Na época percebi que não havia projetos sociais e de incentivo à prática de esportes na região — conta Carlos, que realiza o projeto na Associação de Moradores do Conjunto Habitacional dos Ex-Combatentes, em Manguinhos.
Mesmo sem apoio — só com a vontade de ajudar —, ele diz que o projeto seguiu adiante e, desde então, cerca de três mil pessoas já passaram por ele. Ao todo, formou dez faixas-pretas e ajudou a desviar muitas crianças e adolescentes da criminalidade, ensinando-lhes as regras e as disciplinas que o esporte impõe.
— Nunca recebemos apoio. Tudo que conquistamos foi graças aos resultados e à custa de muito esforço e dedicação. Sempre trabalhei para formar os melhores no esporte e na vida. Quando comecei a dar aula, aos 19 anos, sabia que podia ajudar as outras pessoas e foi o que tentei fazer  — afirma.
Este ano, a Milithai foi campeã carioca e subiu no pódio em todas as etapas do campeonato.
— O segredo é dedicação. Trabalhamos para estar sempre entre os primeiros. É a melhor forma de mostrar o resultado do nosso trabalho e de fazer com que o projeto continue por muito mais tempo — diz Carlos.
A mais recente promessa do projeto é o lutador Leonardo Marques, de 21 anos (na foto ao lado de Anderson Silva). Morador do Jacarezinho, ele é atualmente o 3º colocado no ranking de lutadores até 79kg da Liga Carioca de Muay Thai.
— Há dois anos sofri um acidente de trabalho e acabei perdendo três dedos da mão direita em uma prensa de duas toneladas. Os médicos disseram que eu não conseguiria mais lutar. Mas sempre acreditei que podia voltar e, desde então, já tive a oportunidade de treinar com alguns dos melhores lutadores do mundo — conta Leonardo.
Sonhando um dia se tornar um grande nome no esporte, Leonardo persegue seu objetivo dia após dia com muita dedicação e força de vontade.
— Pratico muay thai há 7 anos. Cheguei mais longe do que imaginei, mas para mim não é o suficiente. Quero me tornar um dos melhores do mundo — afirma.
Fotos João Igor Xavier e Divulgação (de cima para baixo)

1 de nov. de 2013

Solidariedade sobre duas rodas

Por Erick Douglas — Diferentemente da imagem, em geral falsa, que se tem de alguns clubes de motoqueiros — a de que são desordeiros, brigões e foras da lei —, o Rabugentos Moto Clube é um exemplo de solidariedade. Nas datas de aniversário de seus integrantes e do próprio clube, ele organiza eventos em que o ingresso são alimentos não perecíveis, roupas e brinquedos. Junto com parte do dinheiro que é arrecadado, tudo é entregue a asilos e orfanatos. A iniciativa existe há 15 anos. Ao todo, o Rabugentos tem dez sedes espalhadas pelo país. A do Rio, uma das mais antigas, fica em Vilar dos Teles, São João de Meriti, Baixada Fluminense.
— Somos um clube de motociclistas e simpatizantes sem fins lucrativos. Nosso propósito é apenas fazer o bem ao próximo — explica Paulo Santos (foto), diretor social e tesoureiro do Rabugentos do Rio.
Só em São João de Meriti há 13 moto clubes que também organizam eventos beneficentes. E todos interagem entre si. No município, eles são organizados há cerca de 50 anos por moto clubes e também por moto grupos, estes formados por menos integrantes.
Segundo Paulo, os motociclistas do Rabugentos são movidos por duas paixões: liberdade e motos, além do desejo de desfazer a imagem preconceituosa que se tem de que motoqueiros são baderneiros. Ele diz que para fazer parte do clube só é preciso querer, ser maior de idade e abraçar a causa.
— Mesmo os não habilitados, mas que querem ajudar, são bem-vindos — afirma.
Ele conta que os eventos ocorrem sempre em ambientes familiares, atraindo pessoas de todas as idades.
Apesar de estar sediado em São João de Meriti, o Rabugentos faz doações a abrigos também de outros municípios do Rio. Segundo Paulo, o convívio entre os motociclistas de outros clubes faz com que certas normas de comportamentos, mesmo implícitas, sejam seguidas para que o lema “Liberdade e Igualdade” sempre prevaleça.
Foto Divulgação

31 de out. de 2013

Nas ondas da TV

Por Vinícius Ribeiro —  O jornalista João Guilherme (foto), 42 anos, começou na Rádio Carioca em 1988. No Rio, trabalhou ainda nas rádios Tamoio, Tupi e Tropical. Em 1995, mudou-se para São Paulo, onde ficou na Rádio Gazeta até 1997, ano em que foi para o Sportv. Lá, além de jogos de futebol, começou a narrar outros eventos esportivos, como, por exemplo, as lutas de MMA. Seu principal bordão é “Que desagradável”. Desde o ano passado está no Fox Sports como narrador principal do canal.
JL — Como define o Fox Sports Rádio, apresentado por você?
João Guilherme É o rádio na TV, com o ritmo, a agilidade e a liberdade de conversar que muitas vezes um programa de TV não permite.
Quem idealizou o programa?
O programa é um grande sucesso na América Latina, em especial na Argentina e no México, onde é feito no rádio e transmitido ao mesmo tempo ao vivo na TV. Aqui só colocamos o nosso idioma.
Que semelhanças e diferenças vê entre o rádio e a TV?
A semelhança é a preocupação em informar e entreter com qualidade e responsabilidade. As diferenças são muitas. O rádio é ágil e sua mobilidade é a maior vantagem em relação à televisão, na qual tudo se baseia na imagem. O que não é imagem é complemento.
O que considera mais difícil fazer, rádio ou TV? E por quê?
Os dois são difíceis. Antes de tudo é preciso ter dom, vocação e muito preparo. Na TV, tem que se estar permanentemente atento à imagem. O rádio já é mais complicado, pois a voz, além de ser a sua comunicação, é a única ferramenta para segurar o ouvinte.
Quem migra do rádio para a TV tem mais facilidade do que quem faz o caminho inverso?
O rádio é a maior escola de comunicação falada. Quem passa por ele ganha em improviso e em capacidade oratória, o que facilita a entrada na TV. Recomendo a todo aspirante à jornalista que passe pelo rádio. Acho que quem faz o caminho inverso, da TV para o rádio, tende a ter mais dificuldades.
Como foi seu primeiro contato com o rádio?
Foi na infância, com meus pais. Eles ouviam muito rádio e logo me vi fazendo o mesmo. Até hoje, com 24 anos de profissão, tenho um carinho enorme por ele, que é meu companheiro.
Qual foi a partida mais emocionante que narrou pelo rádio? E pela TV?
No rádio, com certeza foi minha primeira narração como profissional. Vasco e Itaperuna, em 1988. Na TV, acho que foi a final da Libertadores deste ano entre Atlético Mineiro e Olimpia, quando o Galo sagrou-se campeão pela primeira vez.
O Fox Sports vai transmitir todos os jogos da Copa do Mundo de 2014. Você já se imaginou narrando uma final com o Brasil?
Claro que imagino. É um grande sonho e torço para que aconteça. Brasil e Argentina seria uma final maravilhosa, ainda mais com um desfecho feliz para nós.
Você acredita na nossa seleção?
Acredito. Conquistar a Copa das Confederações, ainda mais contra a Espanha, apontada como a melhor seleção do mundo, encheu o Brasil de confiança. Vamos lutar pelo hexa.
Que conselho daria para quem está cursando jornalismo?
Que não curse apenas pelo glamour de trabalhar em um veículo de comunicação. Jornalismo é paixão e vocação. Só tem sucesso na carreira quem ama a profissão e se prepara muito.
Foto Divulgação 

19 de fev. de 2013

Hipertensão, um inimigo silencioso

Por Damaris Marques — O Ministério da Saúde estima que a hipertensão atinja 25% da população brasileira. E o que é pior: quase sempre a doença, que pode causar ataques cardíacos e derrames, é assintomática. Segundo o médico Alexandre Andrade (de óculos na foto, ao lado de alunos), do Centro Integrado de Saúde (CIS) da UGF, as principais causas são o excesso de peso, de bebida alcoólica e de sal na comida, além do sedentarismo e da herança genética.
— A melhor forma de tratá-la e, sobretudo, preveni-la, é mudar os hábitos de vida. O que significa passar a adotar uma alimentação saudável e fazer exercícios físicos regularmente.
O consumo crescente de comida industrializada, rica em sódio e gordura, associado ao sedentarismo e à obesidade, tem levado não só mais adultos a ter hipertensão, mas também crianças e adolescentes. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que cerca de 3,5 milhões de crianças e adolescentes no Brasil são hipertensos.
— De fato, o diagnóstico de hipertensão em jovens tem sido cada vez mais comum — confirma Alexandre.
Além de dieta saudável e exercícios físicos, Alexandre diz que fazer exames médicos regulares é também fundamental, pois em geral a hipertensão não apresenta sintomas. Os órgãos mais afetados pela doença são o coração e os rins — podendo levar inclusive à falência renal.
Para quem não sabe, o CIS tem um programa de hipertensão que inclui orientação e acompanhamento nutriconal — quando há necessidade. Ele atende a comunidade acadêmica e o público em geral. O atendimento é feito de 7h às 12h30. Para obter mais informações ligue para 2599-6153. O centro fica no térreo do Parque Desportivo, no campus Piedade.
Foto Divulgação 

7 de fev. de 2013

Ex-aluna da UGF contribui para a escolha do Rio como Patrimônio Mundial

Por Bruno Garcia — Em julho do ano passado o Rio de Janeiro recebeu da Unesco o título de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. E uma ex-aluna de arquitetura da UGF deu uma pequena contribuição. A convite do professor Silvio Dias, que trabalhava na equipe que desenvolveu a candidatura da cidade, Tayza Tavares (foto) fez os desenhos e alguns mapas temáticos das áreas indicadas para preservação.
— O professor Silvio Dias conhecia meu trabalho de ilustração e me indicou para trabalhar na equipe que estava elaborando o dossiê da candidatura. A princípio ia fazer apenas os desenhos, mas gostaram do meu trabalho e acabei fazendo alguns mapas temáticos também — diz.
A conquista do título pelo Rio acabou impulsionando sua carreira, abrindo-lhe algumas portas profissionais. Ademais, diz que ter feito parte de um projeto desse porte fez com que criasse novas expectativas em relação às áreas da arquitetura nas quais gostaria de atuar.
— O projeto serviu também de inspiração para o tema do meu trabalho de conclusão do curso, ao qual pretendo, futuramente, dar continuidade no mestrado — conta Tayza, acrescentando que o título é, acima de tudo, uma garantia de proteção do patrimônio da cidade.
Tayza destaca que ter participado do projeto foi importante não apenas pelo lado profissional, mas também pela experiência de ter trabalhado com pessoas reconhecidamente competentes.  
— Para uma estudante ainda em formação na época foi uma experiência riquíssima ter trabalhado e estado em contato com pessoas de extrema competência.
Ela hoje trabalha por conta própria. Na verdade, divide um escritório com a decoradora Maria Nascimento, com quem faz projetos residenciais e comerciais. Tayza trabalha ainda com o escritório Ideia Arquitetura no projeto executivo da rede de abastecimento de água no Estado do Rio de Janeiro.
— Estou adorando trabalhar nesse projeto — afirma.
Formada em arquitetura, Tayza pretente mais a frente cursar desenho industrial.
— Ainda não comecei, mas quero fazer o curso de Desenho Industrial sim. 
Fotos Divulgação

28 de jan. de 2013

Gama Júnior transfere sede para Piedade


Por Desirée Aguiar — A Gama Júnior, para quem ainda não sabe, é a empresa júnior de consultoria da UGF, criada e comandada exclusivamente por alunos, mas com o apoio de professores. E desde o ano passado está funcionando no campus Piedade, e não mais em Downtown. Giuliano Grosso Filho (à esquerda na foto ao lado), que a presidiu até dezembro de 2012, explica a mudança. 
— Em Piedade estamos próximos de um número bem maior de alunos do que em Downtown. É possível que a gente tenha agora muito mais estudantes, dos mais diversos cursos, trabalhando na empresa. Além disso, Piedade é mais acessível para todos que já trabalham nela — conta Giuliano, acrescentando que a Zona Norte concentra também um grande número de pequenas empresas, que são o alvo principal da Gama Júnior.
Mas o transferência da sede para Piedade não foi a única mudança. Além do ingresso de novos alunos, aprovados no último processo seletivo para trabalhar na Gama Júnior a partir deste período (foto no alto), a empresa tem novo presidente, Lucas Brito Reis (à direita na foto acima), do curso de Engenharia de Produção e ex-diretor de Gestão de Pessoas, que substitui Giuliano Grosso Filho, também de Engenharia de Produção.
— Me sinto bem mais preparado hoje para entrar no mercado do que antes de trabalhar na Gama Júnior — afirma Giuliano.
Sem fins lucrativos, a Gama Júnior presta serviços a empresas fazendo, por exemplo, pesquisa de mercado, plano de negócios, plano de divulgação, plano de comunicação, produção de eventos, engenharia de petróleo e gás, legalização de imóveis, projetos sociais, entre muitos outros. Mais informações em http://www.gamajr.com.br.
Fotos Desirée Aguiar

27 de jan. de 2013

Projeto Rádio-Escola Rio desperta vocações


Por Jade Nunes — Iniciado no mandato do então prefeito César Maia — e que terminaria com sua saída da prefeitura —, o projeto Rádio-Escola Rio ganhou vida própria. Com o apoio do Sesc, é conduzido atualmente pelos jornalistas Emerson Rocha (Rádio Globo), Juliana Duarte (CBN), Julyana Pollo (Rádio Tupi) e Bianca Santos (CBN) (foto ao lado, no sentido anti-horário, com Maurício Menezes no centro). A última edição ocorreu no final do ano passado na escola municipal República do Peru, no Méier.
Segundo Juliana Duarte, o projeto tem ajudado a despertar a vocação de muitos jovens. Na oficina oferecida na escola República do Peru, por exemplo, que dispõe de estúdio de rádio próprio, os alunos gravaram programas produzidos e escritos por eles mesmos sobre os mais diversos assuntos. 
— Meu sonho é ser repórter esportivo, e é emocionante ter essa chance de aprendizado — revela o aluno Diego Lima (foto no alto), de 13 anos.
A cada edição, dois radialistas são convidados para conversar com os alunos. Neste último, compareceram Maurício Menezes e Ricardo Juarez. O primeiro é radialista há mais de 30 anos e humorista nato. Contou alguns erros engraçados cometidos por jornalistas de rádio e lembrou que em cada profissão é preciso ter uma habilidade.
— Para radialistas, o raciocínio rápido é indispensável — disse.
Por sua vez, Ricardo Juarez (foto ao lado), radialista e locutor, falou do trabalho em si, mas também sobre as dublagens de personagens famosos que já fez, como Jhonny Bravo e Hellboy.
— O projeto está mudando a vida de muitos jovens. Espero que continue e que seja adotado tanto por escolas públicas quanto particulares —  diz Juliana Duarte.
Fotos Jade Nunes

25 de jan. de 2013

Montador de imagens, o ofício de dar sentido a uma história


Por Ana Carolina Brasil Quem assiste a filmes, novelas, comerciais, videoclipes e a programas de televisão em geral talvez não imagine o trabalho que dá produzi-los e a quantidade de profissionais que envolve.
Além do roteirista — em alguns casos, de uma equipe de roteiristas —; do produtor e do diretor e seus respectivos assistentes; dos câmeras; dos contrarregras; dos continuístas e de dezenas de outros profissionais importantes para a concretização do projeto, existe a função do editor ou montador de imagens, a quem cabe dar sentido à história que se quer contar.    
Eduardo Ferreira (foto), 27 anos, trabalha há 5 como editor de imagens na produtora Carioca Filmes, na Urca, e explica como é seu trabalho.
— Quando a filmagem acaba — ou seja, depois que imagem e som são captados —, é feita uma reunião para eu entender a história. Antes, claro, preciso ter lido o roteiro para ter referências e um norte quando for fazer a montagem. Depois, faço os efeitos de transição e/ou alguma arte animada sobre as imagens que estão montadas. Quando termino, mostro o filme ao diretor com o primeiro corte.
Aliás, conta, a parceria com o diretor durante a montagem é fundamental para que ela fique como planejada.
— Editor e diretor têm de estar juntos durante a montagem para que o trabalho fique perfeito. Uma vez aprovado, corrijo algumas cores ou faço alguns looks especiais — afirma Eduardo, que usa o programa de edição final cut.
Apaixonado pelo que faz, admite que só trocaria de profissão se continuasse no ramo das artes.
— Desde criança sou obcecado por filmes e em como são feitos. Um dia, um grande amigo meu me indicou um curso de audiovisual social, de graça e muito legal, na ONG Cufa — conta. — Foi aí que tudo começou.
Sobre o que costuma assistir, dá algumas dicas.
— Gosto muito de clipe musical e comerciais. Em relação a filme, destaco o nacional Cidade de Deus e o internacional RocknRolla.
Foto Ana Carolina Brasil

24 de jan. de 2013

Futebol irreverente é com eles















Por Sandra Fernandes — Rafael Pereira, Marlon Vianna e Saulo Emmanuel (na foto, a partir da esquerda) formam a equipe do programa “Os Boleiros”. Alunos de jornalismo da UGF, os três são, além de amigos, apaixonados por futebol. Incentivados pelo professor e radialista Alexandre Ferreira, eles protagonizam semanalmente na Rádio Gama um debate cheio de humor e dinamismo sobre os principais resultados dos campeonatos do Brasil e do mundo.
Eles se conheceram na faculdade. Mas o estímulo da colega de turma Tainá Oliveira, que hoje trabalha na DC Press produzindo conteúdo sobre futebol, foi importante para a formação do grupo. Com o slogan “Futebol irreverente é com a gente”, o programa tem cerca de 30 minutos.
— A duração é também um desafio para nós — diz Marlon. — Quando o programa não rende muito ou não estamos muito inspirados é fácil adequá-lo ao tempo; mas quando ele fica bom aí dá um trabalhão. Uma vez ele ficou com 59 minutos e a gente não sabia o que tirar, mas teve que tirar.
Saulo acrescenta:
— Quando os jogos são bons ou os jogadores dão motivo a gente acaba se empolgando e o programa rende. A gozação rola solta e o tempo fica curto. A brincadeira é o grande mote para tudo mesmo. Quando começamos a implicar com o fato de o Marlon ser argentino então... — diz, rindo
Sim, Marlon nasceu na Argentina, o que lhe rende um bocado de gozações. Que são até provocadas por ele mesmo quando, de propósito, veste a camisa da seleção argentina ou usa um tango como tema de sua apresentação no programa. Mas que fique claro: ele nasceu lá por acaso. Seus pais estavam visitando o país e sua mãe não pôde esperar chegar ao Brasil. Na verdade ele é flamenguista, mas torce pelo selecionado argentino para homenagear sua terra natal.
Rafael também é flamenguista. E chorão, dizem Saulo e Marlon. É que, mesmo quando o Flamengo ganha, ele reclama de supostas injustiças cometidas pela arbitragem contra seu time.
Saulo, por sua vez, é o botafoguense corneteiro — como o chamam no programa. E quase sempre está vestido com a camisa alvinegra, discretamente ou não.
Com o sucesso do programa, que pode ser ouvido em podcasts no blog da Rádio Gama, eles criaram também um blog, cujo endereço é http://boleirosdagama.blogspot.com.br. Além disso, eles têm de se desdobrar para produzir conteúdo para o Facebook (http://www.facebook.com/osboleiros) e para o Twitter (https://twitter.com/boleiros_os).
Foto Tainá Oliveira

23 de jan. de 2013

Na FM O Dia estagiário tem vez

Por Desirée Aguiar — Graças à variedade musical de sua programação e à interatividade dos apresentadores com os ouvintes, a FM O Dia é atualmente uma das rádios cariocas mais populares. Lá, inovação é palavra de ordem, seja em promoções, eventos ou programações. Talvez por esta razão a equipe seja majoritariamente jovem e a rádio ofereça com frequência oportunidade de estágio para quem deseja trabalhar na área de comunicação — publicidade ou jornalismo.
— Muitas oportunidades de estágio são anunciadas durante a programação — avisa Carlos Espírito Santo (foto ao lado), ex-estagiário e hoje responsável pelo setor de promoções.
Mas como em qualquer empresa, estagiário lá “rala” muito. Ademais, saber e gostar de lidar com o público é requisito fundamental para quem ingressa na área de promoções da rádio (foto no alto).
— Aqui, além de trabalhar no escritório, o estagiário da área de promoções atua em eventos, nos quais fica em contato direto com o público — explica Carlos, que também gerencia as atividades dos estagiários.
Os estagiários de jornalismo, por sua vez, lidam basicamente com as redes sociais.
— O bom de trabalhar aqui é que os estagiários são valorizados e têm a possibilidade de crescer na empresa. Se forem criativos, por exemplo, podem desenvolver projetos próprios, crescer profissionalmente e contribuir para que a FM O Dia inove cada vez mais — diz a também ex-estagiária Juliana Pires (na foto acima, ao lado de Carlos), responsável pela equipe de jornalismo.
Fotos Desirée Aguiar