Por Pâmela Rodrigues — Quando
entrou na página do Clube Adote Aqui, no Orkut, há mais de 8 anos, a dona de
casa Rosana Rodrigues (foto) chorou. E muito. Era tanta história triste que nem
sabia distinguir o que sentia. Daí para o primeiro resgate foi um pulo.
— Meu primeiro
resgate de rua foi a cadela Pretinha, que, depois de muita luta, ficou curada
de um câncer — conta.
Ela lembra ainda,
com lágrimas nos olhos, como foi encontrá-la — uma dorbeman — em pele e osso, tamanho
o descaso e a desumanidade dos antigos donos. Uma realidade muito difícil para
quem ama os animais como Rosana, que lamenta não ter condições financeiras para
resgatar todos eles.
— O custo de um
já é alto. Imagine manter dezenas de cães. É praticamente impossível, pois
quando chegam da rua precisam de muita assistência.
Rosana ajuda
vários abrigos — nos quais é madrinha de alguns cães — com doações, um gesto de
solidariedade que gostaria que mais pessoas fizessem. Ela explica que as casas de
adoção de animais não contam com nenhuma ajuda governamental. São mantidas exclusivamente
por pessoas como ela.
— Por mim
ajudaria todos. Fico arrasada quando não posso ajudar. Meu sonho é ter um canil.
O que os cachorros querem, acima de qualquer coisa, é carinho. O cão nos aceita
do jeito que somos. Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos meus cachorros.
Prefiro conviver com eles do que com muita gente. Eles são muito mais
verdadeiros — afirma.
Segundo ela, a
saída para reduzir o abandono tem três nomes: compromisso, políticas públicas e
castração. Quem quiser adotar um cachorro ou gato é só entrar em contato com o
Abrigo João Rosa (abrigo@abrigojoaorosa.org). Lá, há muitos animais para serem adotados.
A única exigência é dar muito amor a eles.
Fotos Pâmela Rodrigues (Rosana) e Rosana Rodrigues (Puff, já morto, também resgatado por ela)
Fotos Pâmela Rodrigues (Rosana) e Rosana Rodrigues (Puff, já morto, também resgatado por ela)