5 de dez. de 2013

Amor incondicional

Por Pâmela Rodrigues — Quando entrou na página do Clube Adote Aqui, no Orkut, há mais de 8 anos, a dona de casa Rosana Rodrigues (foto) chorou. E muito. Era tanta história triste que nem sabia distinguir o que sentia. Daí para o primeiro resgate foi um pulo.
— Meu primeiro resgate de rua foi a cadela Pretinha, que, depois de muita luta, ficou curada de um câncer — conta.
Ela lembra ainda, com lágrimas nos olhos, como foi encontrá-la — uma dorbeman — em pele e osso, tamanho o descaso e a desumanidade dos antigos donos. Uma realidade muito difícil para quem ama os animais como Rosana, que lamenta não ter condições financeiras para resgatar todos eles.
— O custo de um já é alto. Imagine manter dezenas de cães. É praticamente impossível, pois quando chegam da rua precisam de muita assistência.
Rosana ajuda vários abrigos — nos quais é madrinha de alguns cães — com doações, um gesto de solidariedade que gostaria que mais pessoas fizessem. Ela explica que as casas de adoção de animais não contam com nenhuma ajuda governamental. São mantidas exclusivamente por pessoas como ela.
— Por mim ajudaria todos. Fico arrasada quando não posso ajudar. Meu sonho é ter um canil. O que os cachorros querem, acima de qualquer coisa, é carinho. O cão nos aceita do jeito que somos. Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos meus cachorros. Prefiro conviver com eles do que com muita gente. Eles são muito mais verdadeiros — afirma.
Segundo ela, a saída para reduzir o abandono tem três nomes: compromisso, políticas públicas e castração. Quem quiser adotar um cachorro ou gato é só entrar em contato com o Abrigo João Rosa (abrigo@abrigojoaorosa.org). Lá, há muitos animais para serem adotados. A única exigência é dar muito amor a eles.
Fotos Pâmela Rodrigues (Rosana) e Rosana Rodrigues (Puff, já morto, também resgatado por ela)