31 de out. de 2013

Nas ondas da TV

Por Vinícius Ribeiro —  O jornalista João Guilherme (foto), 42 anos, começou na Rádio Carioca em 1988. No Rio, trabalhou ainda nas rádios Tamoio, Tupi e Tropical. Em 1995, mudou-se para São Paulo, onde ficou na Rádio Gazeta até 1997, ano em que foi para o Sportv. Lá, além de jogos de futebol, começou a narrar outros eventos esportivos, como, por exemplo, as lutas de MMA. Seu principal bordão é “Que desagradável”. Desde o ano passado está no Fox Sports como narrador principal do canal.
JL — Como define o Fox Sports Rádio, apresentado por você?
João Guilherme É o rádio na TV, com o ritmo, a agilidade e a liberdade de conversar que muitas vezes um programa de TV não permite.
Quem idealizou o programa?
O programa é um grande sucesso na América Latina, em especial na Argentina e no México, onde é feito no rádio e transmitido ao mesmo tempo ao vivo na TV. Aqui só colocamos o nosso idioma.
Que semelhanças e diferenças vê entre o rádio e a TV?
A semelhança é a preocupação em informar e entreter com qualidade e responsabilidade. As diferenças são muitas. O rádio é ágil e sua mobilidade é a maior vantagem em relação à televisão, na qual tudo se baseia na imagem. O que não é imagem é complemento.
O que considera mais difícil fazer, rádio ou TV? E por quê?
Os dois são difíceis. Antes de tudo é preciso ter dom, vocação e muito preparo. Na TV, tem que se estar permanentemente atento à imagem. O rádio já é mais complicado, pois a voz, além de ser a sua comunicação, é a única ferramenta para segurar o ouvinte.
Quem migra do rádio para a TV tem mais facilidade do que quem faz o caminho inverso?
O rádio é a maior escola de comunicação falada. Quem passa por ele ganha em improviso e em capacidade oratória, o que facilita a entrada na TV. Recomendo a todo aspirante à jornalista que passe pelo rádio. Acho que quem faz o caminho inverso, da TV para o rádio, tende a ter mais dificuldades.
Como foi seu primeiro contato com o rádio?
Foi na infância, com meus pais. Eles ouviam muito rádio e logo me vi fazendo o mesmo. Até hoje, com 24 anos de profissão, tenho um carinho enorme por ele, que é meu companheiro.
Qual foi a partida mais emocionante que narrou pelo rádio? E pela TV?
No rádio, com certeza foi minha primeira narração como profissional. Vasco e Itaperuna, em 1988. Na TV, acho que foi a final da Libertadores deste ano entre Atlético Mineiro e Olimpia, quando o Galo sagrou-se campeão pela primeira vez.
O Fox Sports vai transmitir todos os jogos da Copa do Mundo de 2014. Você já se imaginou narrando uma final com o Brasil?
Claro que imagino. É um grande sonho e torço para que aconteça. Brasil e Argentina seria uma final maravilhosa, ainda mais com um desfecho feliz para nós.
Você acredita na nossa seleção?
Acredito. Conquistar a Copa das Confederações, ainda mais contra a Espanha, apontada como a melhor seleção do mundo, encheu o Brasil de confiança. Vamos lutar pelo hexa.
Que conselho daria para quem está cursando jornalismo?
Que não curse apenas pelo glamour de trabalhar em um veículo de comunicação. Jornalismo é paixão e vocação. Só tem sucesso na carreira quem ama a profissão e se prepara muito.
Foto Divulgação