20 de set. de 2012

Fazer das refeições um momento de prazer

Por Ana Carolina Brasil Na praça de alimentação do campus Piedade há algumas opções de restaurantes e lanchonetes. Mas será que atendem à necessidade nutricional e ao gosto dos alunos? Ao todo, oito estabelecimentos oferecem desde comida japonesa a crepes, além de salgados, sanduíches (natural ou não), sucos e refeições a quilo. Mas e aí, o que comer que seja ao mesmo tempo saudável e não muito caro?
Para a professora do curso de Nutrição Taíssa Torres é importante saber combinar a qualidade do alimento com o equilíbrio nutricional e o bolso.
— A alimentação saudável muitas vezes não tem relação direta com alimentos de alto custo. O que há na verdade é uma força muito grande do marketing das empresas de alimentos na mídia, que acaba criando alguns mitos — diz.Um deles é o de que as massas integrais de pão, croissant e outros salgados são menos calóricas do que as comuns. Segundo Taíssa, a massa integral, para dar liga, necessita de mais gordura.
Outro mito é trocar o pão francês pelo biscoito de água e sal. Este, de acordo com a professora, para ficar crocante precisa de muito mais gordura do que o pãozinho.
— Se o recheio do sanduíche for bem leve, como peito de peru ou alguma pastinha, o lanche fica saudável e sacia a fome — diz.
E acrescenta:
— Temos que fazer das refeições um momento de prazer, aliando-as aos aspectos sensoriais (sabor, aroma, textura e aparência) e de acordo com as preferências de cada um. A pessoa ficará mais satisfeita, saciada e não vai deixar de comer o que gosta.
Rafael Lima, no 7º período do curso de Medicina, acha as opções de alimentação no campus boas e bem variadas. Sua preferência é sempre por algo mais leve e natural, como sanduíches, salada de frutas e sucos.
As alunas de Fisioterapia Carolina Lagos, de 20 anos, e Carolina Gomes, de 19, escolhem o que vão comer pelo preço em detrimento do valor nutricional do alimento. Normalmente comem um salgado com refresco nas refeições, que são sempre corridas por causa das aulas.
— Aqui há muitas opções de salgados, o que tem um valor nutricional baixo. Se houvesse opções mais saudáveis com preços mais em conta seria melhor — diz Carolina Lagos.
Taíssa tem um projeto de iniciação científica na faculdade de Nutrição em que desenvolve com os alunos receitas com aproveitamento integral dos alimentos — ou seja, baixo custo e altamente nutritivo.
— Já desenvolvemos barrinha de entrecasca da melancia com farelo da casca do abacaxi e cobertura de chocolate; pão de queijo da farinha de maracujá (ótima fibra); calzone de couve; muffin de farinha de banana verde com calda de morango; pizza branca de farinha de cenoura com alecrim; sorvete de whey protein (proteína de soro de leite) com açaí e biomassa da banana verde (sem adição de gordura e açúcar) e muitas outras. Todas fáceis de preparar, de alto rendimento, de baixo custo e o que é melhor: bem saborosas — garante.

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