27 de nov. de 2013

Começo, meio e fim de uma trajetória virtual

Por Erick Douglas — Diz o ditado que se a vida oferecer um limão, faça uma limonada. E se oferecer mídias sociais, divulgue sua banda e conquiste milhares de fãs. E foi o que fez a hoje extinta Soulstripper, formada por Chico Leibholz (bateria), Luka Funes (guitarra) e Bruno Fontes (vocal e guitarra) (foto acima, a partir da esquerda). Natural de Piracicaba, interior de São Paulo, e formada em 2004, ela começou a se apresentar em 2005. Mas atingiu o auge em 2011 com o lançamento no You Tube do videoclipe “Não trocaria um sorvete de flocos por você”, que teve mais de três milhões de acessos.
 — Como éramos uma banda do interior de São Paulo, a internet era o único canal que poderia nos colocar em condições de igualdade com as bandas das capitais que tinham gravadoras — afirma Bruno.
A Soulstripper tem 135 mil curtidas em sua página do Facebook e mais de 53 mil seguidores no Twitter, além de um fã grupo, no Facebook, criado pela carioca Letícia Rosa (na foto, abraçada a Chico), com mais de 650 membros.
— Quando conheci a banda ela tinha menos de 15 mil curtidas na página. E só conhecia uma pessoa que também gostava. Então resolvi criar um grupo para conhecer mais pessoas que curtiam. No início ela se chamava “Fãs Soulstripper – RJ”. Até que pessoas do Brasil inteiro começaram a participar e percebi que não fazia mais sentido ser um grupo só para cariocas, mas para fãs em geral. Alterei o nome para “Fãs Soulstripper” e o grupo não para de crescer — conta Letícia.
Mas o sucesso crescente nas redes sociais não impediu a banda de anunciar o seu fim em outubro, para tristeza dos fãs. Segundo Bruno, com o término cada um vai poder se dedicar aos seus projetos e trabalhos pessoais. A despedida, porém, foi nos palcos, com dois shows no Rio e um em São Paulo.
— Curiosamente foram os melhores shows dos nossos nove anos. No Rio foi sensacional. Todos nos receberam muito bem. E em São Paulo foi o melhor show das nossas vidas — diz.
Com uma forte influência do blues e do rock dos anos 60, o som da banda é sentido de várias maneiras pelos fãs. Por exemplo, “Uma forma divertida de encarar a vida após ter o coração partido”; “Tudo o que eu não consegui falar todas as vezes que tive o coração partido”; “Aquela banda que te faz pensar no amor de uma maneira mais debochada”; “A ironia em forma de música”; “Os canalhas mais fofos do mundo” etc.
Mas, acima de tudo, para os fãs, os rapazes se tornaram mais amigos do que ídolos. E é a amizade que vai ficar nas recordações de todos eles, em qualquer canto do Brasil.
Fotos Divulgação (banda) e Marina Bertuzzo

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